Em assembleia, professores aprovam greve por tempo indeterminado no RS
Paralisação dos educadores de rede estadual inicia no próximo dia 15.
Educadores pedem reajuste salarial, pagamento do piso e outras pautas.
Após assembleia, professores seguiram em caminhada até o Centro de Porto Alegre (Foto: Guacira Merlin/RBS TV)
Em assembleia geral na tarde desta quarta-feira (8), professores da rede estadual de ensino decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir do próximo dia 15. A mobilização, conforme o Cpers, sindicado da categoria, está alinhada à paralisação nacional convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação.
A assembleia ocorreu no ginásio Gigantinho, na Zona Sul de Porto Alegre. A greve já havia sido aprovada pelo conselho do sindicato, que levou o tema para votação nesta quarta. A maioria optou pela mobilização.
Entre as reivindicações da categoria, está o cumprimento da lei do piso salarial nacional, o pagamento integral do 13º salário e reajuste de salário. Os educadores também são contra as reformas da previdência, trabalhista e do ensino médio.
Após a definição da adesão à paralisação nacional, os professores deixaram o ginásio Gigantinho em caminhada rumo à Esquina Democrática, entre a Avenida Borges de Medeiros e a Rua dos Andradas, no Centro da capital. A manifestação iniciou pela Avenida Padre Cacique, bloqueando parcialmente o trânsito na região.
NOTA OFICIAL
"Sobre a informação divulgada pelo Cpers Sindicato, após ato de um grupo de sindicalistas que decidiu deflagrar greve a partir do dia 15 de março, a Secretaria da Educação torna público o seguinte posicionamento:
1 - A medida é inoportuna, visto que o ano letivo de 2017 se iniciou nesta segunda-feira (6) e a greve afetará diretamente a comunidade escolar, especialmente os mais de 900 mil estudantes.
2 - O país enfrenta uma recessão econômica sem precedentes, o que impacta diretamente o Rio Grande do Sul, que atravessa a maior crise econômica de sua história. No entanto, o Governo do Estado pagou o completivo do piso do magistério referente ao período de 2015 a 2017, impactando R$ 200 milhões/ano nos cofres públicos. Isso para que nenhum professor tivesse remuneração inferior ao piso nacional.
3 - Nos últimos meses de 2016, o Governo do Estado fez outro esforço para pagar a alteração de nível dos professores, resultando no aumento de R$ 25 milhões/ano na folha de pagamento do funcionalismo.
4 - A Secretaria da Educação confia que os nossos professores estaduais permanecerão em sala de aula, em respeito aos alunos e à comunidade escolar."
Fonte:http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul