Empório Morello

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quarta-feira, 8 de março de 2017

Professores da Rede Estadual aprovam greve

Em assembleia, professores aprovam greve por tempo indeterminado no RS

Paralisação dos educadores de rede estadual inicia no próximo dia 15.
Educadores pedem reajuste salarial, pagamento do piso e outras pautas.

Após assembleia, professores seguiram em caminhada até o Centro de Porto Alegre (Foto: Guacira Merlin/RBS TV)

Em assembleia geral na tarde desta quarta-feira (8), professores da rede estadual de ensino decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir do próximo dia 15. A mobilização, conforme o Cpers, sindicado da categoria, está alinhada à paralisação nacional convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação.
A assembleia ocorreu no ginásio Gigantinho, na Zona Sul de Porto Alegre. A greve já havia sido aprovada pelo conselho do sindicato, que levou o tema para votação nesta quarta. A maioria optou pela mobilização.
Entre as reivindicações da categoria, está o cumprimento da lei do piso salarial nacional, o pagamento integral do 13º salário e reajuste de salário. Os  educadores também são contra as reformas da previdência, trabalhista e do ensino médio.
Após a definição da adesão à paralisação nacional, os professores deixaram o ginásio Gigantinho em caminhada rumo à Esquina Democrática, entre a Avenida Borges de Medeiros e a Rua dos Andradas, no Centro da capital. A manifestação iniciou pela Avenida Padre Cacique, bloqueando parcialmente o trânsito na região.
NOTA OFICIAL

"Sobre a informação divulgada pelo Cpers Sindicato, após ato de um grupo de sindicalistas que decidiu deflagrar greve a partir do dia 15 de março, a Secretaria da Educação torna público o seguinte posicionamento:

1 - A medida é inoportuna, visto que o ano letivo de 2017 se iniciou nesta segunda-feira (6) e a greve afetará diretamente a comunidade escolar, especialmente os mais de 900 mil estudantes.
2 - O país enfrenta uma recessão econômica sem precedentes, o que impacta diretamente o Rio Grande do Sul, que atravessa a maior crise econômica de sua história. No entanto, o Governo do Estado pagou o completivo do piso do magistério referente ao período de 2015 a 2017, impactando R$ 200 milhões/ano nos cofres públicos. Isso para que nenhum professor tivesse remuneração inferior ao piso nacional.
3 - Nos últimos meses de 2016, o Governo do Estado fez outro esforço para pagar a alteração de nível dos professores, resultando no aumento de R$ 25 milhões/ano na folha de pagamento do funcionalismo.
4 - A Secretaria da Educação confia que os nossos professores estaduais permanecerão em sala de aula, em respeito aos alunos e à comunidade escolar."
Fonte:http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul