Empório Morello

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sábado, 4 de março de 2017

Fortunati deixa reitoria de grupo acusado de fraudes em diplomas


O ex-prefeito de Porto Alegre José Fortunati informou nesta quinta-feira (2) que vai deixar a reitoria da Facinepe/Inepe, grupo de educação denunciado por fornecer diplomas de graduação e de pós-graduação para pessoas que sequer tinham frequentado aulas. A acusação partiu de um médico que foi funcionário do grupo de educação, e é investigada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC).
Apesar da decisão, Fortunati diz em nota que tem "certeza" de que a instituição de ensino funcionava regularmente. " As questões relacionadas com o Sr. Faustino da Rosa Júnior serão devidamente respondidas por ele. Estou me desligando do Grupo porque tenho a convicção de que a minha presença potencializa os boatos, rumores e ataques à instituição. Saio com a consciência tranquila de que ao longo deste pequeno período trabalhei para fortalecer o lado Educacional da Instituição."
Thomas Stockmeir foi pró-reitor do grupo, que é mantenedor da Faculdade do Centro-Sul do Paraná (Facspar). Segundo ele, ao menos 17 diplomas de administração foram emitidos sem que os alunos tivessem frequentado os semestres necessários para a obtenção do certificado.
Médico gaúcho fez denúncia sobre diplomas falsos
(Foto: Reprodução/RBS TV)

As pessoas não fizeram os cursos, entendeu? Por isso que é uma fraude", denunciou Thomas, que diz ser um desses alunos. Ele afirma ter recebido um certificado do curso de Administração sem frequentar as aulas, para atrair novos alunos.
"Ele falou que a gente ia fazer um curso, depois do meio do ano a história mudou totalmente, e passamos a receber sem ter feito nada, foi aí que a ficha caiu para mim, que era um diploma fraudulento, um curso fraudulento", afirmou.
A relação entre a mantenadora Facinep/Inepee e a Facspar, e a suspeita de vendas de diplomas, foi alvo de investigação do Ministério Público do Rio Grande do Sul, após denúncia da Associação Brasileira de Médicos.
Em dezembro do ano passado, a promotoria de Defesa do Consumidor arquivou o inquérito por falta de provas, e afirmou que a mesma investigação está em andamento no Ministério Público Federal.
Desde 2015, a Facspar tenta credenciamento no MEC. O último pedido continua em análise.
Fonte: G1 RS